segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Pedro Luís Pereira de Sousa (Araruama, 13 de dezembro de 1839Bananal, 16 de julho de 1884) foi um advogado, jornalista, político, orador e poeta brasileiro.
Filho do comendador Luis Pereira de Sousa e Dona Carlota Viterbo de Sousa. Foi deputado em dois mandatos, ministro dos Negócios Estrangeiros e presidente da província da Bahia, de 29 de março a 11 de dezembro de 1882 e de 16 de dezembro de 1882 a 14 de abril de 1884. Como ministro interino da Agricultura, Comércio e Obras Públicas pede para Machado de Assis continuar como oficial de gabinete.1 Em 1880 foi agraciado com o título de conselheiro do Império.
Era tio do presidente Washington Luís Pereira de Sousa; é patrono da cadeira 31 da Academia Brasileira de Letras. Em 1934 a academia publicou os seus Dispersos.

Obras

  • 1860 - Terribilis (poesia)
  • 1864 - Os voluntários da morte (canto épico, dedicado à Polônia)
  • 1866 - A sombra de Tiradentes e Nunes Machado (poesia)
  • 1876 - Prisca Fides (poesia)
  • 1897 - Poesias
Joaquim de Sousa Andrade de Caukazia Perreira, mais conhecido por Sousândrade (Guimarães, 9 de julho de 1832São Luís, 21 de abril de 1902) foi um escritor e poeta brasileiro.
Formou-se em Letras pela Sorbonne, em Paris, onde fez também o curso de engenharia de minas.
Republicano convicto e militante, transfere-se, em 1870, para os Estados Unidos.
Publicou seu primeiro livro de poesia, Harpas Selvagens, em 1857. Viajou por vários países até fixar-se nos Estados Unidos em 1871, onde publicou a obra poética O Guesa, em que utiliza recursos expressivos, como a criação de neologismos e de metáforas vertiginosas, que só foram valorizados muito depois de sua morte, sucessivamente ampliada e corrigida nos anos seguintes. No período de 1871 a 1879 foi secretário e colaborador do periódico O Novo Mundo, dirigido por José Carlos Rodrigues em Nova York (EUA).
De volta ao Maranhão, aderiu com entusiasmo ao em 1889. Em 1890 foi presidente da Intendência Municipal de São Luís. Realizou a reforma do ensino, fundou escolas mistas e idealizou a bandeira do Estado, garantindo que suas cores representassem todas as raças ou etnias que construíram sua história. Foi candidato a senador, em 1890, mas desistiu antes da eleição. No mesmo ano foi presidente da Comissão de preparação do projeto da Constituição Maranhense.
Morreu em São Luís, abandonado, na miséria e considerado louco. Sua obra foi esquecida durante décadas.
Resgatada no início da década de 1960, pelos poetas Augusto e Haroldo de Campos, revelou-se uma das mais originais e instigantes de todo o nosso Romantismo, precursora das vanguardas históricas . Ver edição atualizada de O Guesa, seu mais importante poema, introd., org., notas, glossário, fixação e atuallização do texto da ed. londrina (1884?), por Luiza Lobo, rev. técnica Jomar Moraes, São Luís do Maranhão, Academia Maranhense de Letras; Rio de Janeiro, Ponteio, 2012. 2012.
Pedro Luziense de Bittencourt Calasans (Santa Luzia, 29 de janeiro de 1837Portugal, 24 de fevereiro de 1874) foi um poeta, crítico e jornalista da segunda geração romântica, conhecida como Ultrarromantismo ou Mal-do-século 
Obras:

  • 1853 - Adeus!
  • 1855 - Páginas Soltas
  • 1858 - Últimas Páginas
  • 1864 - Ofenísia
  • 1864 - Wiesbade
  • 1867 - A Morte de Uma Virgem
  • 1867 - A Rosa e o Sol
  • 1867 - Qual Delas?
  • 1870 - Brazilina
  • 1875 - Camerino: episódio da guerra do Paraguai
  • 1881 - As Flores de Laranjeira
  • 1900 - Waterloo
  • 1906 - A Cascata de Paulafonso


Castro Alves nasceu em Curralinho, 14 de março de 1847Salvador, 6 de julho de 1871 foi um poeta brasileiro.
Nasceu na fazenda Cabaceiras,a sete léguas (42 km) da vila de Nossa Senhora da Conceição de "Curralinho", hoje Castro Alves, no estado da Bahia.
Suas poesias mais conhecidas são marcadas pelo combate à escravidão, motivo pelo qual é conhecido como "Poeta dos Escravos". Foi o nosso mais inspirado poeta condoreiro
  
Obras:


segunda-feira, 28 de julho de 2014

ARTIGO DE OPINIÃO:texto jornalístico que caracteriza-se por expor claramente a opinião do seu autor. Também chamado de matéria assinada ou coluna (quando substitui uma seção fixa do jornal).

 

As CARACTERÍSTICAS do artigo de opinião são:

  • Contém um título polêmico ou provocador.

  • Expõe uma idéia ou ponto de vista sobre determinado assunto.

  • Apresenta três partes: exposição, interpretação e opinião.

  • Utiliza verbos predominantemente no presente.

  • Utiliza linguagem objetiva (3ª pessoa) ou subjetiva (1ª pessoa).

 

PROCEDIMENTOS ARGUMENTATIVOS DE UM ARTIGO DE OPINIÃO:

 

  • Relações de causa e consequência.

  • Comparações entre épocas e lugares.

  • Retrocesso por meio da narração de um fato.

  • Antecipação de uma possível crítica do leitor, construindo antecipadamente os contra-argumentos.

  • Estabelecimento de interlocução com o leitor.

  • Produção de afirmações radicais, de efeito.

 

EXEMPLO  DE  ARTIGO DE OPINIÃO:

 

BALEIAS NÃO ME EMOCIONAM,  DE LYA LUFT.

           Hoje quero falar de gente e bichos. De notícias que freqüentemente aparecem sobre baleias encalhadas e pinguins perdidos em alguma praia. Não sei se me aborrece ou me inquieta ver tantas pessoas acorrendo, torcendo, chorando, porque uma baleia morre encalhada. Mas certamente não me emociona. Sei que não vão me achar muito simpática, mas eu não sou sempre simpática. Aliás, se não gosto de grosseria nem de vulgaridade, também desconfio dos eternos bonzinhos, dos politicamente corretos, dos sempre sorridentes ou gentis. Prefiro o olho no olho, a clareza e a sinceridade – desde que não machuque só pelo prazer de magoar ou por ressentimento. Não gosto de ver bicho sofrendo: sempre curti animais, fui criada com eles. Na casa onde nasci e cresci, tive até uma coruja, chamada, sabe Deus por quê, Sebastião. Era branca, enorme, com aqueles olhos que reviravam. Fugiu da gaiola especialmente construída para ela, quase do tamanho de um pequeno quarto, e por muitos dias eu a procurei no topo das árvores, doída de saudade. Na ilha improvável que havia no mínimo lago do jardim que se estendia atrás da casa, viveu a certa altura da minha infância um casal de veadinhos, dos quais um também fugiu. O outro morreu pouco depois. Segundo o jardineiro, morreu de saudade do fujão – minha primeira visão infantil de um amor romeu-e-julieta. Tive uma gata chamada Adelaide, nome da personagem sofredora de uma novela de rádio que fazia suspirar minha avó, e que meu irmão pequeno matou (a gata), nunca entendi como – uma das primeiras tragédias de que tive conhecimento. De modo que animais fazem parte de minha história, com muitas aventuras, divertimento e alguma tristeza. Mas voltemos às baleias encalhadas: pessoas torcem as mãos, chegam máquinas variadas para içar os bichos, aplicam-se lençóis molhados, abrem-se manchetes em jornais e as televisões mostram tudo em horário nobre. O público, presente ou em casa, acompanha como se fosse alguém da família e, quando o fim chega, é lamentado quase com pêsames e oração. Confesso que não consigo me comover da mesma forma: pouca sensibilidade, uma alma de gelos nórdicos, quem sabe? Mesmo os que não me apreciam, não creiam nisso. Não é que eu ache que sofrimento de animal não valha a pena, a solidariedade, o dinheiro. Mas eu preferia que tudo isso fosse gasto com eles depois de não haver mais crianças enfiando a cara no vidro de meu carro para pedir trocados, adultos famintos dormindo em bancos de praça, famílias morando embaixo de pontes ou adolescentes morrendo drogados nas calçadas. Tenho certeza de que um mendigo morto na beira da praia causaria menos comoção do que uma baleia. Nenhum Greenpeace defensor de seres humanos se moveria. Nenhuma manchete seria estampada. Uma ambulância talvez levasse horas para chegar, o corpo coberto por um jornal, quem sabe uma vela acesa. Curiosidade, rostos virados, um sentimentozinho de culpa, possivelmente irritação: cadê as autoridades, ninguém toma providência? Diante de um morto humano, ou de um candidato a morto na calçada, a gente se protege com uma armadura. De modo que (perdão) vejo sem entusiasmo as campanhas em favor dos animais – pelo menos enquanto se deletarem tão facilmente homens e mulheres.

(Revista Veja, abril de 2005.)

 

segunda-feira, 17 de março de 2014

O Romantismo

    Romantismo: foi um movimento literário que começou no final do século XVIII, na Europa, quando alguns escritores abandonaram as regras de composição e estilo dos autores clássicos, e passaram a falar da natureza, do sofrimento amoroso num tom pessoal e repleto de melancólico, fazendo da literatura uma forma de desabafo sentimental. Essa nova tendência começou na Alemanha, chegou à Inglaterra e à França, estendendo-se para outros países.
Os escritores voltaram-se para a nostalgia dos tempos medievais, época da formação de suas nações, valorizando os heróis e as tradições populares, numa reação à cultura aristocrática que ainda vigorava. No século XIX, o Romantismo atinge sua maior intensidade, tornando-se um traço marcante do Romantismo como estilo de época.

http://www.significados.com.br/romantismo/

Romantismo em Portugal

O início da fase romântica na literatura portuguesa ocorreu com a publicação do poema narrativo “Camões”, do autor Almeida Garret, em 1825. Neste poema é expressado uma espécie de biografia sentimental de Luís Vaz de Camões.

Nesta época, em Portugal, houve uma ascensão da burguesia, queda do absolutismo e emergência do liberalismo. Antes de 1825, neste processo histórico, ocorreu a vinda da família real para o Brasil, em 1808, que fugiu dos franceses. Depois de expulsar os franceses, Portugal é fortemente influenciado pelos ingleses, gerando um clima de dominação estrangeira no país lusitano.

http://www.infoescola.com/movimentos-literarios/romantismo-em-portugal/

     Caraterística do Romantismo

O Romantismo proclama a liberdade de criação e de expressão.

São características do Romantismo:


* Nacionalismo, historicismo e medievalismo:

Exaltação dos valores e os heróis nacionais, ambientando seu passado histórico, principalmente o período medieval.

* Valorização das fontes populares – o folclore:

Os autores buscavam inspiração nas narrativas orais e nas canções populares, manifestação do nacionalismo romântico.

* Confessionalismo

Os sentimentos pessoais do autor em dado momento de sua vida são expressos nas obras.

* Pessimismo

A melancolia do poeta inglês Lord Byron se faz presente em todas as literaturas, portanto há a presença do individualismo e do egocentrismo adquirem traços doentios de adaptação.
O “mal do século” ou tédio de viver conduz:
- ambiente exótico ou passado misterioso.
- narrativas fantásticas (envolvendo o sobrenatural)
- morte (como última solução)

* Crítica Social

O Romantismo pode assumir um caráter combativo de oposição e crítica social, observamos sua ocorrência na sua última fase.


*Essas são características predominantes do movimento, mas suas tendências foram diversas.

Principais autores do romantismo em Portugal



Autores portugueses


*Alexandre Herculano de Carvalho e Araújo (Lisboa,1810 – Santarém, 1877).


*Antero Tarquínio de Quental (Ponta Delgada, 1842 – ?, 1891).



*Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco (Lisboa, 1825 - São Miguel de Seide, 1890).


*Filinto Elísio, Francisco Manuel do Nascimento (Lisboa, 1734 – Paris, 1819).

*João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett (Porto, 1779 – Lisboa, 1854).

*Joaquim Guilherme Gomes Coelho, Júlio Dinis (Porto, 1839 – Porto, 1871).


*José Joaquim Cesário Verde (Lisboa, 1855 – Lumiar, 1886).
*José Maria de Eça de Queirós (Póvoa de Varzim, 1845 – Paris, 1900).